Já imaginou passar frio no Nordeste do país? Na cidade paraibana de Areia, essa experiência é acompanhada de visitas a engenhos, idas a museus e da oportunidade de se embrenhar em uma autêntica expedição gastronômica — entre restaurantes rurais de beira de estrada e outros mais sofisticados. A área central do município preserva ruas de paralelepípedo e casinhas coloridas. O conjunto histórico e urbanístico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2006. A essência dos séculos 18 e 19 dá charme aos casarões, onde é costume dos moradores deixar um vaso de flores apoiado na janela.

Para chegar ao município, distante apenas 130km de João Pessoa, é preciso subir a Serra da Borborema. Se no verão a brisa ajuda a enfrentar as temperaturas altas, no inverno, quem se defende — de calça, bota e casaco — são os visitantes. A serra está no brejo paraibano. Eis a explicação para temperaturas tão serranas. O inverno mais gelado da região registrou 12ºC.

Terra de alambiques
Por ter feito parte do Ciclo do Açúcar no século 18, Areia é cercada por engenhos. À época, a maioria das 294 propriedades ativas se dedicava à produção de açúcar e melaço. Hoje, 28 resistiram à passagem do tempo e sobrevivem da cachaça, de acordo com a prefeitura municipal. Entre elas, o Engenho Triunfo é responsável pela produção do rótulo mais famoso da Paraíba, encontrado com facilidade em bares e restaurantes.

O engenho é aberto à visitação do público. O passeio guiado custa R$ 5 e inclui passagem pelos galpões de moagem, fermentação e destilagem, além de degustação. Há outras propriedades que recebem visitas, como o Engenho Vaca Brava, considerado o mais antigo do brejo paraibano. Inaugurado em 1860, o lugar tem infraestrutura mais simples, mas nem por isso deixa de ser um passeio interessante. Assim como no Engenho Triunfo, os proprietários contam, em detalhes, como a cachaça é produzida e resgatam histórias do passado.

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